Um tema que exige nossa atenção, e que se tornou ainda mais importante recentemente, é como ajudar as crianças a lidarem com a ansiedade.
O primeiro passo é entender se o sentimento dos pequenos tem relação com uma situação fora do comum. São exemplos de experiências que podem levar à ansiedade: a separação dos pais, mudança de escola ou mesmo a alteração de rotina, em que as crianças passaram a ficar mais tempo dentro de casa.
Mas quando essa sensação não passa, precisamos ter ainda mais atenção, principalmente aos menores sinais e mudanças de comportamento que as crianças apresentem, pois a ansiedade pode ter se tornado doença.
Sinais de ansiedade
Perceber a ansiedade das crianças é possível desde os pequenos sinais. Mas é importante estarmos atentos ao desenvolvimento dos que podem ser sintomas mais graves, sempre com o acompanhamento de pediatras ou psicólogos.
Alguns exemplos do que pode representar a ansiedade nas crianças:
– Estar mais quieta do que o normal, apresentando irritação ou tristeza em alguns momentos
– Dificuldade para dormir
– Ter pesadelos frequentes
– Ter receio de ir para a escola
– Voltar a fazer xixi na cama, ou outras ações que fazia quando a criança era mais nova
Como ajudar
Mas e afinal, como podemos ajudar as crianças a controlarem a ansiedade? O tema não é fácil, inclusive quando é cada vez mais comum que os pais também, por motivos diferentes, estejam passando por períodos difíceis que causam a ansiedade. Muitas vezes, aliás, esse sentimento acaba sendo refletido nas crianças.
Já lembramos que nos casos em que a ansiedade é uma patologia, é necessário o acompanhamento médico, para um diagnóstico mais preciso. Assim como devemos agir com adultos que tenham a ansiedade, não devemos diminuir ou menosprezar o que as crianças estão sentindo. Pelo contrário, é essencial entender o que se passa, conversar e respeitar os receios e inseguranças de quem enfrenta a ansiedade.
Essa conversa é importante para se pensar na melhor forma de lidar com os sentimentos das crianças, saber se o melhor é explorar o medo e falar sobre o tema ou, dependendo da reação, evitar tocar em um assunto que possa aumentar a ansiedade.
Outra sugestão é estimular a confiança e a autoestima, o que pode fazer a diferença nas situações mais difíceis para os pequenos.
Atividades
Além do acompanhamento médico e de como conversar da melhor maneira com as crianças, algumas atividades podem ajudar a diminuir os momentos de ansiedade.
Já pensou em praticar técnicas de meditação e relaxamento com os pequenos? Há vários exercícios adaptados, conforme a idade das crianças. De uma maneira leve, esta pode ser uma saída para que a criança não esteja focada no que está incomodando e gerando a ansiedade.
O simples exercício de inspirar e expirar fundo, por alguns momentos, faz uma grande diferença para as crianças, assim como faz para os adultos. Mas é possível ir mais além, criando histórias e brincadeiras que estimulem uma melhor respiração. Como resultado temos uma sensação de relaxamento e menos ansiedade.
Que tal praticar com uma bexiga? A brincadeira consiste em a criança encher o balão, mas puxando o ar pelo nariz, e expirando pela boca. O mesmo movimento pode ser feito até quando não se tem bexigas em casa, criando a história de que a criança precisará encher um balão invisível. A intenção é estimular uma melhor respiração, e de uma maneira simples.
Há também meditação e yoga adaptadas ao público infantil, sempre respeitando suas características, idade e limitações.
Além disso, aproveite para separar momentos para brincadeiras, contação de histórias e outras atividades que as crianças gostem. Além da distração, são ótimas oportunidades para melhorar a criatividade, confiança e o desenvolvimento das crianças!
Com atitudes práticas, é possível amenizar os sintomas, para além do acompanhamento médico nos casos mais graves.