Meu filho quer fazer festa mas não tem amigos, como ajudar?
Sabemos que cada criança tem as suas características e personalidade, mas é fundamental que os pais estejam sempre atentos ao comportamento dos filhos, principalmente no que se refere às relações sociais.
Ao pensar em comemorar seu aniversário, a criança pode ficar triste por não ter amigos para convidar. E é importante nesse momento saber diferenciar um traço de personalidade, como uma criança que é mais introvertida, ou sinais de isolamento e dificuldades mais sérias de relacionamento com as demais crianças.
Quando ao longo dos anos se percebe um distanciamento de outras crianças, é necessário identificar o que está acontecendo e os sentimentos dos pequenos, buscando a melhor forma de ajudá-los. Pois muitas vezes esse pode ser um motivo muito sério de sofrimento interno.
Observar a criança
Conhecer nossos filhos e acompanhar seu desenvolvimento é o primeiro passo. Ao percebermos um afastamento repentino dos demais amigos, é essencial conversar e procurar entender o que levou à mudança de comportamento e no convívio. Procure entender se houve algum motivo externo para o isolamento.
Busque também sinais na rotina da criança, como uso prolongado dos celulares e computadores, e a troca de momentos com os amigos pela tecnologia.
A observação desde os pequenos detalhes, seguida por uma conversa franca com as crianças são essenciais, pois resolvendo a questão desde seu início, as chances são menores do problema aumentar.
O motivo do isolamento é uma escolha da criança, que prefere ficar mais tempo sozinha? Ou ela está sofrendo bullying dos amigos ou outras situações que a deixem desconfortável? Essa mesma observação é importante quando se há a necessidade da ajuda de profissionais como psicólogos e terapeutas.
Nossas ações
Quando se chega à conclusão de que a criança não demonstra apenas ser introvertida, mas apresenta sinais de isolamento e dificuldades em fazer amigos, nem sempre a tentativa de conversar com a criança é uma solução. Sinta a necessidade da criança em expor o que está sentindo, e caso haja resistência, não force.
Uma ação integrada dos pais, professores, e especialistas de saúde pode ser a melhor solução. O objetivo é trabalhar com a criança o que está levando ao isolamento e ao desconforto.
Mas há algumas sugestões de simples atitudes que podem fazer a diferença no acompanhamento das crianças. Por exemplo, procure aos poucos envolver os pequenos em atividades que estimulem a interação com outras crianças e adultos. Escolha preferencialmente temas que chamem a atenção e estejam de acordo com suas preferências, como aula de dança ou algum esporte específico.
Muitas vezes, até mesmo a escolha por uma atividade assim pode ser mais difícil para a criança, mas o estímulo e o cuidado por se optar por algo próximo dos gostos de nossos filhos pode ajudar bastante neste processo.
Acompanhe os hábitos da criança que não tem amigos e o tempo que passam frente ao computador, celular ou videogame. Isso porque o uso exagerado de tecnologia não é saudável, e também influencia no modo com que as crianças se relacionam em sociedade, favorecendo o isolamento.
Novas Ideias para quando nosso filho não tem amigos
No momento de incentivar atividades que possam diminuir o isolamento das crianças, algumas dicas podem ajudar. Por exemplo, para quem mora em um condomínio, fica ainda mais fácil apresentar os pequenos aos vizinhos da mesma idade. O incentivo às brincadeiras e ao relacionamento entre as crianças pode se tornar algo natural, e que impacta o desenvolvimento delas.
Uma outra sugestão é ajudar com momentos divertidos entre as crianças, como no dia da festa do seu aniversário. Comece com um pequeno evento em família, para ambientar a criança. Isso porque, muitas vezes, um dos grandes motivos para o isolamento é o medo da exposição e da reação das demais pessoas frente a qualquer ação, seja na família ou no grupo de colegas de sala de aula.
Após a criança estar mais acostumada com o evento, opte por chamar um primo, um vizinho ou amigo que seja um pouco mais da convivência da criança, para tornar aos poucos mais natural a interação com outras pessoas. Uma festa do pijama pode ser ideal neste momento, pois promove muita interação mesmo entre poucas crianças.
Resumindo, o importante é promovermos oportunidades constantes de sociabilização quando nosso filho não tem amigos, de maneiras bem simples e sem forçar a barra.
Não se esqueça de procurar ajuda quando necessário, e não perca a determinação ou mesmo a paciência com a situação que, por mais que pareça simples para os pais, pode trazer muito desconforto e angústia para as crianças.